Conforme relatado no livro de Atos, logo no início da igreja em Jerusalém, várias pessoas venderam seus bens e depositaram os respectivos valores aos pés dos apóstolos (At 4:35).
O capítulo 5 de Atos narra outro fato admirável. Pedro, por meio do Espírito, discerniu que Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo e, por isso, morreram perante todos (vs. 3-5, 10).
Por estarem cheios do poder do Espírito, os doze apóstolos realizavam muitos milagres (vs. 12-16) e anunciavam as palavras da vida (vs. 17-20). Contudo, na distribuição diária do alimento entre os discípulos, passou a haver desentendimentos e, por isso, sete diáconos foram escolhidos para servir na distribuição de comida. Os apóstolos, dessa forma, poderiam estar mais livres para se dedicar à oração e ao ministério da palavra (6:4). Essa decisão evidenciou a sabedoria dos doze apóstolos na administração da igreja em Jerusalém, mostrando que sabiam gerenciar seu crescimento.
Os diáconos escolhidos eram cheios do Espírito Santo e da Palavra de Deus (v. 3). Acerca disso, o capítulo 7 de Atos descreve a forte pregação de Estêvão e nos versículos 59 e 60 vemos a reação furiosa por parte dos judeus contra ele: “E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu”. O jovem Saulo guardava as vestes dos que atiravam pedras em Estêvão e consentia na morte da testemunha do Senhor e mais tarde passou a assolar a igreja (v. 58; 8:3; 9:1-2, 13-14, 21).
A partir daquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria (8:1). Os perseguidores identificavam os crentes quando estes invocavam o nome do Senhor (9:21).
Certamente os santos ali invocavam o Senhor de casa em casa, nas ruas e lugares públicos. Desse modo era fácil identificar quem deveria ser posto na prisão. Contudo, os santos não desistiram de invocar mesmo sob ameaça de prisão e morte, pois invocar o nome do Senhor é uma necessidade espiritual de todos os que creem. Dessa forma, se um cristão quisesse evitar ser preso, só tinha duas opções: parar de invocar o nome do Senhor publicamente, ou sair de Jerusalém.
Texto extraído do livro “Lições Extraídas dos Primeiros Ministros Neotestamentários”, publicado pela Editora Árvore da Vida.
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